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Revista Alma
Meditação para Todos: ótimo oportunidade para meditar em Petrópolis
Foto: Maria Navarro

SÁBADO, ÀS DEZ

 

Meditar é mais simples do que parece. A dificuldade, como quase tudo na vida, é começar. Adiamos sua prática, como a dieta da próxima segunda-feira, e seguimos à espera das condições ideais. Quem sabe um local arborizado, com um gramado lindo e espaço para as crianças correrem e esticar as pernas quando começarem a formigar? Se houver passarinhos cantando, árvores centenárias e um pouco de sol para dar uma bronzeada, melhor. Gente bonita também não seria má ideia. Além de segurança, claro.

 

Quantidade e qualidade

 

Pois no Museu Imperial de Petrópolis, há mais de dois anos, é exatamente assim. Iniciativa do estudante de budismo Miguel Berredo, o “Projeto Meditação para Todos” ocorre todos os sábados, às 10hs, no jardim do antigo palácio de D. Pedro II, um dos espaços mais nobres, bonitos e centrais da cidade.

 

O projeto começou em abril de 2015 e reúne de 70 a 120 meditadores por encontro, chova ou faça sol. Quando São Pedro não ajuda, a reunião é na sala multimídia do museu. Tudo de graça.

 

“Ocupamos espaços públicos para mostrar que a meditação é uma atividade para todos, desvinculando-a de conotações religiosas”, explica Miguel, que não esperava um público tão extenso e diversificado ao desenhar o projeto. “Foi uma surpresa boa. Conseguimos reunir pessoas de todas as crenças, idades e condições sociais”, comemora o carioca, que mora desde a infância em Petrópolis e pratica e estuda meditação há 25 anos.

 

Palestras sobre budismo

 

Em 2013, antes do Meditação para Todos, ele começou a dar palestras sobre budismo em outro espaço público da cidade, a Casa Claúdio de Souza, um casarão do final do século XIX administrado pelo Museu Imperial e dedicado a atividades culturais. As conversas sobre meditação e conceitos como impermanência, compaixão e karma acontecem quase todo mês e fazem sucesso. Inspirado em mestres como Thich Nhat Hanh, Tenzin Palmo e Dzongsar Khyentse, o estudante aborda o budismo por um ângulo mais contemporâneo e acessível ao grande público, mas sem perder o lastro da tradição.

 

Maria Navarro

Miguel Berredo, criador do “Projeto Meditação para Todos”, no Museu Imperial de Petrópolis

 

“O projeto no jardim do museu foi uma decorrência desses encontros”, explica Miguel. “Com ele, tentamos desmistificar a prática da meditação e alcançar o maior número pessoas, independentemente de suas crenças. Como diz o Dalai Lama, as religiões podem ser como um jantar entre amigos. Cada um pede um prato diferente, mas estão todos na mesma mesa”, sorri Miguel. “Nossa mesa, aqui no projeto, é a meditação.”

 

Além dos sábados

 

Uma mesa tão farta que já reuniu 180 pessoas no gramado do museu. A foto está na página do projeto no Facebook, logo na capa. A adesão foi tanta que os sábados acabaram sendo pouco. Inspirado na tradição tibetana, que obedece ao calendário lunar, o grupo passou a se encontrar mensalmente em um famoso mirante da cidade (e outro espaço público): o Trono de Fátima. Nascia a “Meditação da Lua Cheia”, outra ótima oportunidade de praticar em grupo e com um instrutor experiente. Quem mora em Petrópolis não tem mais desculpa.


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[ Gustavo São Thiago ] Editor

Editor e publisher da Revista Alma, Gustavo São Thiago trabalhou na grande em imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro, especialmente na área de cultura. Estudioso autodidata das religiões, o jornalista finaliza sua primeira obra de ficção, o romance “Impermanência”, e medita diariamente.

 









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