Menu
Revista Alma
"O Topo da Montanha", com Lázaro Ramos e Taís Araújo
Foto: Divulgação

ELES TÊM UM SONHO

 

Martin Luther King completaria 89 anos neste mês, no último dia 15. Há quase três anos, desde outubro de 2015, sua vida e sua luta pela igualdade racial são lembradas em palcos brasileiros na peça “O Topo da Montanha”, com Lázaro Ramos no papel de King e Taís Araújo brilhando intensamente como a camareira Carrie Mae, que já lhe trouxe uma indicação ao Prêmio Shell de melhor atriz.

 

Ficção, café e cigarros

 

Escrita pela norte-americana Katori Hall, a peça se passa no quarto 306 do Hotel Lorraine, em Memphis, onde o líder do movimento contra a segregação racial e pastor da Igreja Batista foi assassinado aos 39 anos. A poucas horas de morrer, King prepara seu último discurso. Está gripado, tenso e, na falta de cigarros, pede uma xícara de café ao serviço de quarto do hotel. Até aí, tudo poderia ser verdade.

 

"O Topo da Montanha", com Lázaro Ramos e Taís Araújo

“O Topo da Montanha”, com Lázaro Ramos e Taís Araújo

 

A ficção entra em cena quando a camareira, Carrie Mae, chega ao quarto com uma xícara de café e seu próprio maço de cigarros, que compartilha com o hóspede famoso em meio a questionamentos tão desconcertantes quanto seu senso de humor.

 

O brilho de Taís

 

Se King era bom era bom com as palavras, a personagem de Taís não fica atrás. Com perguntas surpreendentes e respostas sagazes, ela revela o mito King em toda sua complexidade e nos faz pensar sobre a vida, o amor, o dever, a morte e a fé. É neste diálogo vertiginoso que ficção e realidade se entrelaçam e ganham ainda mais força. Todos nos refletimos nos conflitos finais de King com sua missão, consigo mesmo e com o único adversário que não pôde superar: a própria morte.

 

Real como sonho

 

Negro, baixo (1,69m) e com um brutal poder de persuasão, King liderou multidões desarmadas contra a política segregacionista de seu país, enfrentando a truculência do estado, a fúria dos conservadores e a perseguição do FBI. Em 13 anos de atividades provocou mais avanços em direção à igualdade racial de que em toda história anterior dos Estados Unidos. Foi preso, caluniado, sofreu atentados e quatro anos antes de ser assassinado recebeu o Nobel da Paz. Tinha 35 anos (o mais novo vencedor até então) e como Jesus e Gandhi, suas referências, mostrou que há uma inevitável dimensão social na espiritualidade. E que a omissão é tão violenta quanto o confronto pode ser pacífico.

 

SAIBA MAIS:

 

Em janeiro, mês de aniversário de King, “O Topo da Montanha” estará no Rio de Janeiro. De 19 a 4 de fevereiro, a peça fica no Imperator, mas os ingressos já estão esgotados. É preciso ficar ligado nas redes sociais por que eles sempre acabam rápido. A peça irá para Campinas em fevereiro e segue em viagem. Acompanhe pelas redes sociais para saber mais.

www.facebook.com/topodamontanha

www.instagram.com/otopodamontanha

Gostou?

FAÇA PARTE DE NOSSA COMUNIDADE E RECEBA NOTÍCIAS E PROMOÇÕES!

CADASTRE-SE
[ Gustavo São Thiago ] Editor

Editor e publisher da Revista Alma, Gustavo São Thiago trabalhou na grande em imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro, especialmente na área de cultura. Estudioso autodidata das religiões, o jornalista finaliza sua primeira obra de ficção, o romance “Impermanência”, e medita diariamente.

 









COPYRIGHT 2017 REVISTA ALMA